Ribeirão Preto / SP - sexta-feira, 26 de abril de 2024

Nódulo Tireoidiano

Os nódulos na tireoide são achados clínicos extremamente comuns, com prevalência populacional estimada da 3 a 7% ao exame físico, podendo chegar a 20 a 67% à ultrassonografia. São mais comuns em paciente idosos, mulheres, indivíduos com deficiência de iodo e naqueles com história de exposição à radiação, mas podem ocorrem em qualquer faixa etária. Apesar de a maioria dos nódulos representar lesões benignas, é necessário descartar a hipótese de câncer de tireoide, que ocorre em 5 a 10% dos casos em adultos. Esse percentual não difere significativamente se a glândula apresentar um nódulo único ou múltiplos nódulos.


O QUE FAZER NA PRESENÇA DE UM NÓDULO TIREOIDIANO?

Se você descobriu ou suspeitou que tem um nódulo tireoidiano, deve agendar uma consulta com um endocrinologista. Ele é o profissional capacitado para fazer sua avaliação. Atualmente é consenso que a PAAF (punção aspirativa com agulha fina) epresenta o principal exame na investigação e, sempre que possível, deve ser guiada por ultrassonografia. De acordo com as últimas recomentações da American Thyroid Association, na ausência de hipertireoidismo, nódulos acima de 1 cm de diâmetro com alta ou moderada suspeita devem ser puncionados; em contrapartida, nódulos com características ultrassonográficas sabidamente benignas não necessitam de punção. Nódulos com baixa ou muito baixa suspeita devem ser puncionados se tiverem diâmetro acima de 1,5 e 2,0 cm, respectivamente. Na presença de mais de um nódulo, são puncionados os maiores e/ou mais suspeitos. A PAAF é um exame simples, que consiste em introduzir uma agulha fina no nódulo e aspirar seu conteúdo.  O material colhido é depositado em uma lâmina e enviado a um laboratório de patologia, onde um médico patologista fará sua avaliação emitirá um laudo. Como já citado, a grande maioria dos nódulos é benigna. Nesses casos, é feito um seguimento periódico das dimensões e características do (s) nódulo (s), com exame físico e ultrassonografia. A cirurgia é indicada nos casos com malignidade confirmada ou suspeitos para malignidade, ou, ainda, nos casos em que não é possível fazer um diagnóstico após repetidas punções. Quando o nódulo é muito grande e provoca sintomas, como disfonia (rouquidão), alteração da deglutição ou problemas respiratórios, pode-se também optar pela cirurgia, para alívio dos sintomas.