Ribeirão Preto / SP - sexta-feira, 26 de abril de 2024

Câncer de Tireoide

O câncer de tireoide é cerca de três vezes mais freqüente em mulheres, mas também pode afetar os homens. A faixa etária de mais risco é entre 25 e 65 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças.

Geralmente, o diagnóstico é feito a partir de um nódulo da tireoide, percebido como um aumento da glândula pelo próprio paciente (veja auto-exame da tireoide) ou pelo médico. A partir daí, a avaliação deve ser feita por um endocrinologista. É solicitada então uma ultrassonografia e uma punção (biópsia) da glândula, que leva à suspeita ou já ao diagnótico desse tipo de tumor.


O tratamento do câncer primário da tireoide é sempre cirúrgico, com a retirada de parte ou toda a glândula (tireoidectomia parcial ou total). O restante do tratamento depende do tipo de câncer e de outras características, como tamanho, invasão da cápsula, presença de metástases.

Tipos de Câncer de Tireoide

» Carcinoma papilifero ou papilar: é o mais comum e acomete geralmente adultos de 30 a 50 anos de idade. A taxa de cura é alta, chegando a quase 100%.
» Carcinoma folicular:é o segundo tipo mais comum e ocorre geralmente em adultos com mais de 40 anos de idade e idosos. É um pouco mais agressivo do que o papilífero, mas também tem altas possibilidades de cura.
» Carcinoma de células de Hurthle: é um subtipo de carcinoma folicular, um pouco mais agressivo
» Carcinoma medular: é mais raro, acomete qualquer faixa etária e pode ser hereditário. Seu tratamento é mais difícil e tem agressividade moderada a acentudada.
» Carcinoma anaplásico: muito raro, mas é o mais agressivo e responsável pela maioria dos óbitos por câncer de tireóide.

Após a retirada total da tireoide (tireoidectomia total), o paciente não será mais capaz de produzir os hormônios dessa glândula, chamados T3 e T4, e deverá receber reposição hormonal em comprimidos diários para toda a vida. A reposição é muito simples e não causa qualquer complicação, não interfere com outros tratamentos nem prejudica outros órgãos. Pelo contrário, ser não for realizada, o paciente sentirá extremo mal-estar pela falta dos hormônios, além de aumentar os riscos de que o câncer reapareça. A dose do hormônio é individualizada, dependendo do tipo de câncer, do peso do paciente, dentre outros fatores, e deve sempre ser calculada e ajustada por um especialista.

O paciente deve manter o seguimento com o endocrinologista mesmo após a cura da doença, pois os exames periódicos são fundamentais para a detecção e tratamento precoces de uma eventual recidiva.

O câncer de tireoide, assim como alguns outros tipos de câncer, vem apresentando um aumento significativo de sua frequência nos últimos anos e ainda não se sabe exatamente por que isso vem ocorrendo. A boa notícia é que, apesar disso, a mortalidade por esse tipo de doença é cada vez menor. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são, sem dúvida, os fatores que mais contribuem para os maiores índices de cura.